Anated foi debatedora na audiência
A
Frente Parlamentar da Educação Profissional e Ensino a Distância,
liderada pelo deputado federal Ângelo Agnolin (PDT), promoveu nesta
quinta-feira, 17, na Câmara dos Deputados, debate sobre o Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, o PRONATEC. Ministério
da Educação, representantes de outras esferas do Governo, parlamentares,
instituições do Sistema S e entidades ligadas ao ensino técnico e
profissionalizante apontaram os avanços e os desafios do programa.
Marco
Antônio de Oliveira, secretário Nacional de Educação Profissional e
Tecnológica do Ministério da Educação, afirmou que o PRONATEC “avançou
por dentro” e apontou a necessidade de se criar um mapa da educação
profissional no Brasil, como forma de absorver a demanda reprimida por
qualificação profissional. “Para que seja possível, inclusive, ter uma
projeção à longo prazo, atendendo a todas as regiões do país” sugeriu.
O
secretário elencou as iniciativas do programa neste ano, entre as
quais, a criação de 99.149 Bolsas-Formação de Estudantes e
Trabalhadores, a expansão da rede técnica federal, sendo 90.563 vagas
através do programa Brasil Profissionalizado e 150.000 através da Rede
E-TEC (Educação Profissional e Tecnológica a Distância), além da oferta
de 76.119 vagas por meio do Sistema S.
A
expectativa do governo é que o PRONATEC crie 8 milhões de vagas em
formação inicial e continuada nos próximos quatros anos, incluindo
ensino profissional concomitante ao ensino médio e cursos de
qualificação de pelo menos 160 horas.
O
Gerente Executivo de Educação Profissional e Tecnológica- SENAI
(CNI), Rolando Vargas Vallejos, alertou para a evasão dos alunos que se
inserem nos cursos profissionalizantes. “É preciso criar alternativas
para a manutenção do aluno. Hoje o Senai, por exemplo, atende 10% da
sua capacidade” afirmou. A representante do Ministro do Turismo, Susana
Dickmann, dividiu a mesma opinião e afirmou que é preciso flexibilizar
a carga horária dos cursos, investir na qualidade do ensino básico
para garantir um ensino técnico efetivo.
O
ponto alto da audiência foi marcado pelo debate sobre a inserção da
modalidade EAD (Ensino à Distância) no Programa de Financiamento
Estudantil – Fies. O Presidente da Associação Brasileira dos Estudantes
de Ensino a Distância (ABEED), Ricardo Holz, disse acreditar que o
acesso ao financiamento de cursos superiores nessa modalidade
democratiza o ensino técnico e superior, além de contribuir para
formação de grande parte do contingente dos trabalhadores.
“O
apagão de mão de obra é um tema extremamente importante,
principalmente quando o assunto é o desenvolvimento do Brasil” disse o
presidente da Frente, deputado federal Ângelo Agnolin. Ele acentuou que
o PRONATEC terá um papel decisivo na formação de profissionais para
Copa do Mundo de 2014. “Atualmente faltam profissionais qualificados em
todas as áreas e em todos os níveis. Vimos que o programa do governo é
bom e objetivo, mas ainda precisa ser discutido sobre a forma de
atuação,” relatou.
Debatedores
Participaram
da audiência, o coordenador do e-TEC do Ministério da Educação,
Fernando Amorim; a coordenadora-Geral de Certificação e Orientação
Profissional do Ministério do Trabalho e Emprego, Mariângela Rodrigues;
diretora do CETEB (Centro Tecnológico de Brasília), Rosa Pessini;
professor da Universidade de Brasília – UNB, Marcos Formiga; presidente
da ANATED (Associação Nacional dos Tutores de Educação a Distância),
Luis Gomes; presidente da ANEAD (Associação Nacional de Mantenedores de
Polos de Educação a Distância, Martha Kratz; coordenadora de
qualificação profissional do SEST/SENAT (Serviço Social do
Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), Emiria
Bertino; presidente da ABBtur/DF- Associação Brasileira de Bacharéis em
Turismo, Ítalo Oliveira Mendes; Além dos deputados federais, Esperidião
Amin- (PP/SC), Fernando Ferro- (PT/PE) e Jorge Mello- (PSDB/SC)
Danillo Neres - Jornalista
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Fonte: ANATED
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