sexta-feira, 7 de outubro de 2011

História dos meios de comunicação à distância

Para transmitir informações à distância, no mais breve espaço de tempo, o homem utilizou desde sempre dois fenómenos naturais: o som e a luz, mas no século XIX surgiu a necessidade de comunicar a distâncias cada vez maiores e em espaços de tempo cada vez mais reduzidos.
O telégrafo «Chappe» teve grande sucesso em finais do século XVIII, mas o seu princípio, a transmissão óptica, constituía uma solução provisória. Foi o italiano Alessandro Volta (1745-1827) quem, continuando as experiências de Galvani, forneceu o meio de revolucionar as telecomunicações graças à invenção da pilha eléctrica. O electro-imã que daí resultou esteve na origem do telégrafo e do telefone.
Se a rádio e a televisão vieram mais tarde juntar-se aos meios de que os homens passaram a dispor, é ainda o telefone, e actualmente o telemóvel, que continuam a ser os meios mais utilizados entre particulares.
Sistemas primitivos - Época pré-histórica
Quando não podiam comunicar com a voz, os homens correspondiam-se por sinais ópticos: movimentos de braços e do corpo segundo um código previamente estabelecido.
Tá-Tá africano
Com um tronco de árvore oco e coberto por uma pele, transmitiam-se as mensagens de acordo com um código sonoro.
Flechas dos Pigmeus
Os elementos da mensagem são a cor, a altura e a trajectória das flechas atiradas pelo arco.
Telégrafo óptico – Cartagineses, século VI A.C.
Os Cartagineses transmitiam informações militares por meio de um sistema óptico que consistia num conjunto de varas mergulhadas num recipiente cheio de água. O aparecimento destas varas, de cores variadas, e o nível da água (que se escoava para outros recipientes) permitiam a transmissão das letras que compunham as palavras da mensagem.
Bandeiras gregas – Século V A.C.
Os gregos dispunham de um código relacionado com a cor e as diferentes posições das bandeiras. Este sistema óptico foi utilizado durante muito tempo na navegação à vela.
Torres romanas
Ao longo do império romano foram construídas, em locais elevados, pequenas torres de pedra de cima das quais eram transmitidos sinais luminosos.
Telégrafo Chappe – 1792
Este sistema consiste numa rede de torres espalhadas pelos campos, sendo as mensagens transmitidas por um sistema de braços articulados pelo responsável pelo posto de manobra, graças a um conjunto de cabos e roldanas.
As linhas telegráficas implantaram-se em grande parte na Europa conforme a progressão dos exércitos franceses da Revolução e do Império.
Pistola Veny – Século XIX
Comunicação feita pelo disparar de sinais luminosos de diversas cores, visíveis de noite, a grandes distâncias.
Telégrafo eléctrico – 1837
Utilizando a pilha de Volta, o americano Samuel Morse inventou o telégrafo eléctrico e um alfabeto, um sistema de pontos e traços, que tem o seu nome. O emprego do electro-imã abria a era das comunicações a grande distância.
Telégrafo de sinais luminosos – Século XIX
Este sistema utiliza simultaneamente o sistema óptico dos Antigos (luz solar e luz artificial) e o alfabeto Morse.
Telégrafo de imprimir – 1854
Em 1854, o telégrafo Morse foi aperfeiçoado, substituindo-se os pontos e os traços pelas letras do alfabeto, sendo a mensagem impressa numa estreita fita de papel pela máquina receptora.
Cabo submarino – Século XIX
O telégrafo cobriu o mundo. As grandes potências criaram redes telegráficas através dos oceanos fazendo emergir cabos metálicos cobertos de um isolador, a borracha, extraída do látex de uma árvore da Malásia. As mensagens assim enviadas por cabos, ou «cabogramas», beneficiavam da maior discrição.
Telegrafia - finais do século XIX
A possibilidade de transmitir fotografias telegraficamente proporcionou um novo progresso. O sistema teve grande sucesso no campo jornalístico.
Telefone eléctrico – 1871
O telefone é uma invenção de paternidade múltipla. Na segunda metade do século XIX, a técnica estava tão avançada que é normal que diversos investigadores em países diferentes ou no mesmo país, tenham tido a mesma ideia.
A patente Nº 174,465, de Alexander Bell (1847-1922), é considerada a mais valiosa das patentes emitidas nos EUA.
Telegrafia sem fios ou TSF – 1896
A TSF, antepassada da nossa rádio, é obra de uma série de inventores. Os principais são: o italiano Marconi, apoiando-se em experiências do alemão Gustav Hertz (as ondas hertzianas), o russo Aleksandr Popov, inventor da antena, e o francês Edouard Branly.
Rádio telefonia
No princípio do século XX, a TSF foi adaptada ao telefone.
Rádio transmissões
A rádio tornou-se num meio de comunicação de massa. As informações e os programas de cultura musical estabeleciam novos elos entre os povos.
Televisão
A invenção da célula fotoeléctrica e da válvula electrónica permitiu dar os últimos retoques na televisão, que decompõe a imagem numa série de pontos transmitidos sob a forma de um impulso eléctrico.
A era do computador
Os computadores foram aperfeiçoados a partir das máquinas de calcular criadas pelo matemático Charles Babbage (1791-1871), mas só em 1946, com John Mauchly e John Presper Eckert, se construiu o primeiro computador electrónico ENIAC.
A era da WWW (World Wide Web)
Teve o seu início em 1957 com a criação da ARPA – Advanced Research Project Agency – que pretendia responder às necessidades do desenvolvimento espacial, servindo inicialmente a NASA e a Força Aérea.
A primeira rede de computadores foi construída pela Universidade da Califórnia em 1969, denominando-se ARPANET.
Em 1990 o Departamento de Defesa dos USA desmantelou a ARPANET substituindo-a pela NSF, rebaptizada de NSFNET popularizando-se como hoje a conhecemos: INTERNET.
Em Portugal surgiu em 1980, utilizada pelas universidades.
Em 1986 – FCCN – Fundação de Cálculo Científico Nacional.
Em 1991 é criada a RCCN – Rede da Comunidade Científica Nacional.
Em 1994, o ISP – Internet Service Provider – popularizou e difundiu o uso da INTERNET.

Fonte: 1000 Folhas - Conteúdos Educativos

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