Para
transmitir informações
à distância, no mais breve espaço de tempo, o homem utilizou desde
sempre dois fenómenos naturais: o som e a luz, mas no século XIX
surgiu a necessidade de comunicar a distâncias cada vez maiores e em
espaços de tempo cada vez mais reduzidos.
O
telégrafo «Chappe» teve grande sucesso em finais do século XVIII, mas o
seu princípio,
a transmissão óptica, constituía uma solução
provisória. Foi o italiano Alessandro Volta (1745-1827) quem,
continuando as experiências de Galvani, forneceu o meio de revolucionar
as telecomunicações graças à
invenção da pilha eléctrica. O electro-imã
que daí resultou esteve na origem do telégrafo e do telefone.
Se a rádio e a
televisão vieram mais tarde juntar-se aos meios de que os homens passaram a
dispor, é ainda o telefone, e actualmente o telemóvel, que continuam a ser os meios mais
utilizados entre particulares.
Sistemas primitivos - Época pré-histórica
Quando não
podiam comunicar com a voz, os homens correspondiam-se por sinais ópticos:
movimentos de braços e do corpo segundo um código previamente estabelecido.
Tá-Tá africano
Com um tronco de
árvore oco e coberto por uma pele, transmitiam-se as
mensagens de acordo com um código sonoro.
Flechas dos Pigmeus
Os elementos da
mensagem são a cor, a altura e a trajectória das flechas atiradas pelo arco.
Telégrafo óptico
– Cartagineses, século VI A.C.
Os Cartagineses
transmitiam informações militares por meio de um sistema óptico que
consistia num conjunto de varas mergulhadas num recipiente cheio de água.
O aparecimento destas varas, de cores variadas, e o nível da água (que se
escoava para outros recipientes) permitiam a transmissão das letras que
compunham as palavras da mensagem.
Bandeiras gregas – Século V A.C.
Os gregos
dispunham de um código relacionado com a cor e as diferentes posições das
bandeiras. Este sistema óptico foi utilizado durante muito tempo na
navegação à vela.
Torres romanas
Ao longo do
império romano foram construídas, em locais elevados, pequenas torres
de pedra de cima das quais eram transmitidos sinais luminosos.
Telégrafo Chappe
– 1792
Este sistema
consiste numa rede de
torres espalhadas pelos campos, sendo as mensagens transmitidas por um sistema
de braços articulados pelo responsável pelo posto de manobra, graças a um
conjunto de cabos e roldanas.
As linhas
telegráficas implantaram-se em grande parte na Europa conforme a progressão
dos exércitos franceses da Revolução e do Império.
Pistola Veny – Século XIX
Comunicação
feita pelo disparar de sinais luminosos de diversas cores, visíveis de
noite, a grandes distâncias.
Telégrafo eléctrico – 1837
Utilizando
a
pilha de Volta, o americano Samuel Morse inventou o telégrafo
eléctrico e um
alfabeto, um sistema de pontos e traços, que tem o seu nome. O
emprego do electro-imã abria a era das comunicações a grande distância.
Telégrafo de sinais luminosos – Século XIX
Este sistema utiliza
simultaneamente o sistema óptico dos Antigos (luz solar e luz artificial) e o
alfabeto Morse.
Telégrafo de imprimir – 1854
Em 1854, o telégrafo Morse
foi aperfeiçoado, substituindo-se os pontos e os
traços pelas letras do alfabeto, sendo a mensagem impressa numa estreita
fita de papel pela máquina receptora.
Cabo submarino – Século XIX
O telégrafo
cobriu o mundo. As grandes potências criaram redes telegráficas através dos
oceanos fazendo emergir cabos metálicos cobertos de um isolador, a borracha,
extraída do látex de uma árvore da Malásia. As mensagens assim enviadas por
cabos, ou «cabogramas», beneficiavam da maior discrição.
Telegrafia -
finais do século XIX
A possibilidade
de transmitir fotografias telegraficamente proporcionou um novo progresso. O sistema teve
grande sucesso no campo jornalístico.
Telefone eléctrico – 1871
O telefone é uma
invenção de paternidade múltipla. Na segunda metade do século XIX, a técnica
estava tão avançada que é normal que diversos investigadores em países
diferentes ou no mesmo país, tenham tido a mesma ideia.
A patente Nº
174,465, de Alexander Bell (1847-1922), é considerada a mais valiosa das
patentes emitidas nos EUA.
Telegrafia sem fios ou TSF – 1896
A TSF,
antepassada da nossa rádio, é obra de uma série de inventores. Os principais
são: o italiano Marconi, apoiando-se em experiências do alemão Gustav Hertz (as
ondas hertzianas), o russo Aleksandr Popov, inventor da antena, e o francês
Edouard Branly.
Rádio telefonia
No princípio do
século XX, a TSF foi adaptada ao telefone.
Rádio transmissões
A rádio
tornou-se num meio de comunicação de massa. As informações e os programas de
cultura musical estabeleciam novos elos entre os povos.
Televisão
A invenção da
célula fotoeléctrica e da válvula electrónica permitiu dar os últimos
retoques na televisão, que decompõe a imagem numa série de pontos
transmitidos sob a forma de um impulso eléctrico.
A era do
computador
Os computadores
foram aperfeiçoados a partir das máquinas de calcular criadas pelo
matemático Charles Babbage
(1791-1871), mas só em 1946,
com John Mauchly e John Presper Eckert, se construiu o primeiro computador
electrónico ENIAC.
A era da WWW (World
Wide Web)
Teve o seu início
em 1957 com a criação da ARPA – Advanced Research Project Agency – que
pretendia responder às necessidades do desenvolvimento espacial, servindo
inicialmente a NASA e a Força Aérea.
A primeira rede
de computadores foi construída pela Universidade da Califórnia em 1969,
denominando-se ARPANET.
Em 1990 o
Departamento de Defesa dos USA desmantelou a ARPANET substituindo-a pela NSF,
rebaptizada de NSFNET popularizando-se como hoje a conhecemos: INTERNET.
Em Portugal
surgiu em 1980, utilizada pelas universidades.
Em 1986 – FCCN –
Fundação de Cálculo Científico Nacional.
Em 1991 é criada
a RCCN – Rede da Comunidade Científica Nacional.
Em 1994, o ISP –
Internet Service Provider – popularizou e difundiu o uso da INTERNET.
Fonte: 1000 Folhas - Conteúdos Educativos